Ontem eu sentei na sala para assistir o finalzinho do "Domingão do Faustão", coisa rara de acontecer. Todavia, meu lado sádico pedia que eu risse um pouco com as repetidas cassetadas, que, apesar de tudo, poderiam salvar o finalzinho de um domingo que passei brincando com um primo de 04 anos de idade.
E eis que ocorreu o improvável: no meio do programa o apresentador pede desculpas à mocinha que agora comanda o Fantástico por ter, no domingo anterior, dito que ela poderia esperar um pouco mais para fazer a chamada do noticiário, já que esperara nove meses para nascer.
Podem discordar de mim, mas eu acho que ele não devia ter pedido desculpas a ela. Primeiro porque uma das poucas coisas que salvam o programa dele são os raros momentos em que, desbocado, Faustão mostra as falhas de sua produção e expõe um lado menos glamuroso da TV brasileira. E, segundo, porque ele está com a razão. A Patrícia Poeta poderia perfeitamente fazer a chamada durante os comerciais. Agora, há aí uma malandra jogada: se ela divulga as (não)notícias durante o programa de seu colega de emissora; os comerciais serão mais largos para os anunciantes. E são os anunciantes que pagam tudo e todos.
E já que falei em anunciantes (e conseqüentemente em valores), os programas de fofocas tiveram bastante sobre o quê falar com a guerra entre SBT e Record, que tomaram profissionais uma da outra em transações de valor inimaginável para os pais de família que, sem opções, se contentam com receber R$ 465,00 mensais. Ah sim, e se contentam com assistir aos programas da TV aberta nos horários vagos.
A questão é: se na Toda-poderosa Rede Globo há problemas e imposição de "agentes externos", como esse que ocorreu entre o Fausto e a Patrícia, que esperar dessas outras emissoras? E, além disso: o que garante que Gugu será menos chato na Record?