segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Dias de angústias renovadas [5]

Dias em branco (prosa)

Chegou o desespero mudo a tal ponto que vários dias se passaram sem que uma única palavra brotasse da boca ou dos dedos para dar sentido a tanta expectativa, mundo um tanto quanto confuso. Como autômato fez de um tudo: comeu, dormiu, trabalhou. Ouviu, falou. Às vezes riu, mas em nenhum dia chorou. 

Se lhe perguntarem como ou quanto o tempo passou, capaz que não responda com precisão. Sabe apenas que passou e, apesar disso, uma triste constatação: muito pouca coisa mudou.

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