Há dias comprei um livrinho de fábulas chinesas editado pela L&PM na sua coleção 64 páginas (ver capa ao lado). Entre um texto e outro me deparei com um muito interessante sobre um pintor que explicava seu trabalho.
Indagado sobre o que seria mais fácil de pintar, ele não hesita em responder que são fantasmas e monstros pois, por não existirem nem terem sido vistos, estes seres não tem forma definida e podem ser pintados mais facilmente.
Fiquei pensando se essa explicação do pintor não se aplica também, ainda que de modo diverso, a outras artes e, mais que isso, penso se ela não é adequada para descrever o drama de quem busca alcançar o "realismo" com sua arte, fazendo dela um espelho de coisas sempre vistas. Neste caso, um confronto com os originais poderia explicitar eventuais "falhas" do processo de representação.
Fiquei pensando se essa explicação do pintor não se aplica também, ainda que de modo diverso, a outras artes e, mais que isso, penso se ela não é adequada para descrever o drama de quem busca alcançar o "realismo" com sua arte, fazendo dela um espelho de coisas sempre vistas. Neste caso, um confronto com os originais poderia explicitar eventuais "falhas" do processo de representação.
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