No sábado 17/08 foi comemorado aqui na Argentina o dia de San Martín, um dos próceres da pátria, falecido há 160 anos.
Imaginamos - eu, Andrej (alemão) e Luiz (mexicano), ambos vivem no mesmo alojamento que eu aqui na universidade - que seria uma excelente oportunidade de conhecer alguma outra cidade argentina e estávamos por decidir entre Córdoba e Rosário. Eram duas opções igualmente tentadoras, visto tratar-se das duas grandes cidades argentinas que disputam o prestigioso segundo lugar em termos de desenvolvimento depois de Buenos Aires. E, por isso mesmo, custamos a nos decidir.
À última hora, já no terminal de ônibus de Villa María, é que batemos o martelo: Rosário, situada na província de Santa Fé.
A viagem desde Villa María dura mais ou menos quatro horas em um ônibus parador (é, isso também existe por aqui...). Mas, como todo plano de última hora, ela nos brindou com situações que oscilam do trágico ao cômico.
A viagem desde Villa María dura mais ou menos quatro horas em um ônibus parador (é, isso também existe por aqui...). Mas, como todo plano de última hora, ela nos brindou com situações que oscilam do trágico ao cômico.
Trágico: por ser fim de semana largo (que é como aqui chamam os "feriadões") e porque não tínhamos reserva, ficamos sem hospedagem. Depois de percorrer vários hotéis e gastar uma quantidade razoável de dinheiro em traslados de táxi, decidimos que o mais seguro seria dormir no terminal de ônibus.
Cômico: como a necessidade faz o homem (e a mulher também, porque agregamos uma holandesa à trupe), ficamos no terminal de ônibus até a manhã de domingo e, para não ficarmos expostos, entrávamos em ciber cafés, bares e outros estabelecimentos comerciais e neles ficávamos até que delicadamente os donos fossem fechando as portas para que nós saíssemos.
Trágico (2): no domingo tentamos embarcar para um passeio no rio Paraná com duração de duas horas. O preço era baixo ($ 23 vinte e três pesos; aprox. R$ 12,50) e as pessoas afluíram. Acabaram os ingressos enquanto estávamos na fila e depois dessa decidimos voltar para Villa María.
O que ficou de tudo isso: uns "souvenires" comprados no chamado Mercado de Pulgas del Bajo, que é uma feira de artesanato às margens do rio Paraná e muitas fotos do Monumento à Bandeira Argentina... uma construção espetacular, que ilustra o quanto esse povo é nacionalista e o quanto é distinta uma história que se construiu com lutas explicitamente reconhecidas. Porque é forçoso reconhecer que a Independência e a Bandeira e os Hinos do Brasil foram muito comodamente construídos e transmitidos de cima para baixo...
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